Eu já fiz tudo isso. Então preste atenção e confira o que eu encontrei por lá.
O beta de Diablo III durou cerca de quatro horas, mas antes vou falar sobre o que a Blizzard mostrou aos jornalistas e fãs durante a apresentação em sua sede em Irvine (Califórnia, EUA) na última semana. Rob Pardo, Leonard Boyarsky e Jay Wilson mostraram uma versão de Diablo III em fase alfa “totalmente jogável”.
Tudo começa em New Tristram, uma cidade construída por comerciantes, nosso ponto de partida em Diablo III. Lá encontramos Leah, a sobrinha adotada de Deckard Cain – o sábio “Gandalf do universo Diablo”. Ela aparece em alguns dos primeiros trailers do jogo e atua como “conselheira” do jogador, diz Leonard Boyarsky. Ouvimos uma história, um triste conto sobre o Skeleton King, que um dia foi o King Leoric e pai do Dark Wanderer em Diablo II. Mais tarde, a diversão é matar esse Skeleton King – e mais de uma vez.
Já o Witch Doctor, a classe “de pets”, pode convocar “firebats” (“um lança-chamas com morcegos”), um exército de Fetishes, um pet violento chamado Gargantuan e outros auxiliares que atacam grupos de inimigos. Um deles pode até transformar os soldados de Diablo em galinhas.
O Wizard é uma classe que usa força arcana. É possível desacelerar o tempo com uma bolha mágica, usar diamantes que cobrem a pele e disparam poderosos raios de energia. Você pode também se transformar em Archon, uma forma alternativa que aumenta ainda mais os poderes.
O Monk é uma classe de ataque “melee” movida a espírito, recurso que se renova enquanto você ataca. O Monk pode executar poderosos golpes de artes marciais e proteger aliados com Mantras. Uma das habilidades é a Arcane Sanctuary, uma magia de bloqueio que ajuda a dividir e derrotar as ondas de inimigos.
Demon Hunter é a classe especializada em ataques de longa distância com armas como bestas, granadas e arco e flecha. Sua energia não é o mana – apenas o Witch Doctor usa mana -, mas um recurso dividido entre ódio e disciplina. Enquanto o primeiro ativa habilidades ofensivas, o segundo é responsável por habilidades defensivas. No ataque, o Demon Hunter pode instalar “sentries” que disparam automaticamente. Na defesa, pode usar a Smokescreen para uma fuga “stealth” durante o combate.
Os produtores de Diablo III mostraram todas essas classes de personagens e o vasto catálogo de ataques, habilidades e métodos de fuga para ilustrar as mudanças no combate na nova versão do jogo. Foi também um modo de reaprender a jogar com essas mudanças de combate.
A Blizzard abandonou a “árvore de talentos” e os pontos de habilidade dos jogos anteriores, e deu aos jogadores novas habilidades (passivas ou ativas), que surgem mais ou menos a cada novo “level”. Você só pode configurar um certo número de habilidades de cada vez – máximo de seis ativas e três passivas. Essas habilidades podem ser trocadas a qualquer momento, o que abre espaço para experimentações e dá mais flexibilidade. Na versão beta que eu joguei, só era permitido usar duas habilidades ativas de cada vez. Ao chegar ao level 10, consegui mais um “slot” para habilidade ativa e um para passiva.
Essas habilidades podem ser turbinadas ou modificadas com Runes – ou runestones, ou pedras rúnicas, como já vimos em vídeo por aqui. São pedras especiais que podem transformar os personagens. Para ilustrar o funcionamento, os produtores criaram um “Melee Wizard”, transformando um mago frágil – que geralmente mantém inimigos à distância – em um guerreiro mortal no combate corpo-a-corpo.
Eu também aprendi a modificar habilidades do Witch Doctor. Em vez de atirar dardos venenosos, ele pode passar a disparar cobras venenosas. Se você combinar a Rune certa com a habilidade certa, por exemplo, pode fazer com que a invocação de zumbis humanos passe a invocar ursos zumbis, o que é muito mais legal. A Blizzard diz que vão existir cinco variações de Runas para cada habilidade, o que deve garantir um amplo leque de personalização e especialização de classes.
Infelizmente, você não vai poder explorar muito esse sistema de modificações de habilidades na versão beta de Diablo III. Ele é introduzido depois do primeiro ato, e você só vai ter acesso a trechos dessa fase durante o beta.
Mas você vai poder ver várias das outras melhorias de Diablo III, como o Cauldron of Jordan, um item mágico que transforma itens coletados em ouro – para que você não precise ficar voltando à cidade para vender equipamentos [prêmio Kotaku Brasil de Salvador da Humanidade para quem teve essa ideia]. O Nephalim Cube é um artefato que desconstrói armas, armaduras, anéis e amuletos, resultando em materiais brutos que você pode usar para gerar novos itens no ferreiro de sua confiança.
Quem jogar o beta também vai conhecer o sistema de Quests, embora não sejam as quests ligadas ao modo campanha. Algumas dessas missões do beta levam você por Dungeons geradas aleatoriamente, com eventos “scriptados”. Na minha segunda jogatina do beta, meu Demon Hunter e seu parceiro Templário encararam missões como sobreviver a um ataque em massa de esqueletos e defender um monumento de uma invasão de mortos-vivos.
Já as quests ligadas à história são diversas. Algumas colocam você em missões de matança ou exploração, todas complementadas com boas conversas de NPC e o tradicional “dungeon crawling”.
O beta termina quando você despacha o Skeleton King numa batalha sufocante. E nessa jornada, quem mais me agradou foi o Monk. Ele tem ataques rápidos e poderosos, com combinações de golpes “melee” que acabavam com os monstros facilmente. O Demon Hunter foi quase tão interessante quanto, principalmente durante uma missão cooperativa de quatro jogadores contra o ex-King Leoric – era como cortar manteiga com um faca. Essa jogatina co-op é fácil de organizar – primeiro um convite para meus amigos da Battle.net, depois um encontro na cidade de Tristram perto de meu personagem.
O beta de Diablo III lembra a velha experiência de “clicar para matar” que fez os primeiros jogos serem tão gratificantes há mais de uma década. E a atmosfera também honra a tradição, com cemitérios de mortos-vivos, catedrais infestadas e cavernas escuras cheias de inimigos. E ele já parece ter um “fator replay” infinito, graças ao sistema (agora padrão) de “loot” aleatório, dungeons aleatórias e um sólido multiplayer cooperativo.
A Blizzard ainda não anunciou nenhuma data: quando Diablo III chega, nem quando o beta começa ou termina. Mas não se apegue muito ao seu caçador de demônios. Ele (ou ela) deixará de existir quando a fase beta acabar.
fonte: http://www.gamevicio.com.br/
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